Em 2019, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) previu uma alta de 30% no setor de portaria e monitoramento remoto para 2020. Com a pandemia, esse crescimento se consolidou e especialistas preveem que os números sejam ainda maiores.
A pesquisa da Abese também apontou que as regiões Sul e Sudeste são as que mais concentram este serviço, sendo São Paulo a cidade com maior adesão, somando 43%. O estado é seguido por Paraná (13%), Rio Grande do Sul (9,2%) e Rio de Janeiro (8,4%).
A portaria remota é um modelo de atendimento feito por uma central que faz o controle de acesso do local, com a diferença que não existe a exclusividade de um porteiro e as chamadas são atendidas por diferentes colaboradores.
As principais vantagens deste modelo de portaria são:
- Valores mais baratos – Não existe o custo com os colaboradores fixos.
- Melhor para a saúde – Nos tempos de pandemia é essencial evitar o contato com outras pessoas.
- Sistemas inteligentes – As portarias virtuais trazem agilidade e facilidade nas entradas e saídas de pessoas, visitantes e entregas. Isso porque tudo pode ser feito através de permissões pré-definidas pelos próprios moradores ou proprietários, como reconhecimento facial e biometria.
De acordo com os dados do levantamento referente a edifícios residenciais, o principal obstáculo que essas empresas terão que superar está na desconfiança de condôminos e síndicos sobre a real eficiência e segurança proporcionada pelo serviço: 76,5% das empresas revelaram que sofrem ou já sofreram algum tipo de resistência por parte dos responsáveis do prédo em relação à nova tecnologia.
Outro ponto, mais delicado, diz respeito à perda de empregos que a implementação do serviço pode causar. Para esse aspecto, a Abese apresenta um dado da pesquisa mostrando que 34,5% das empresas que atuam com portaria remota já realizam a requalificação dos porteiros para as áreas de atendimento, assistentes de manutenção, operadores, seguranças, ou até mesmo para compor portarias híbridas – que operam com o profissional local junto ao sistema remoto.
Tendência do seguimento:
A tendência deste seguimento de negócio é continuar crescendo e tornar-se inclusive mais comum do que as portarias físicas, não apenas impulsionado pela pandemia, mas também pela praticidade e economia que traz aos estabelecimentos.